Texto base: João 8.2-11 (Insisto para que antes que leia-o, tome ciência da base do mesmo)
Pretendo discorrer sobre o tema proposto na perspectiva de que possamos ter plena capacidade de decidir e responder ao questionamento feito pelo tema deste artigo, ou seja, a quem ouvirei no desenrolar da vida? Focalizando especificamente, em quem posso confiar minhas projeções do presente e do futuro, e muito mais do que isso enfatizarei a quem darei ouvido quando meu passado é repleto de derrotas e de incertezas.
Imagino ser um dos primeiros questionamentos feito pelo ser humano na face da terra, quando se questiona a quem darei ouvido como base de sustentação de como viver a vida? Então, não posso de maneira alguma deixar de considerar o dilema vivenciado por Adão e Eva, quando estavam no jardim do Éden, entenda, por quê?
DEUS deu ao homem a seguinte ordem:
“Você pode comer as frutas de qualquer árvore do jardim, menos da árvore que dá o conhecimento do bem e do mal. Não coma a fruta dessa árvore; pois, no dia em que você a comer, certamente morrerá.” (Genesis 2.16-17).
Mas, a cobra afirmou:
“Vocês não morrerão coisa nenhuma! Deus disse isso porque sabe que, quando vocês comerem a fruta dessa árvore, os seus olhos se abrirão, e vocês serão como Deus, conhecendo o bem e o mal.” (Genesis 3.4-5).
É perceptível que são duas vozes, sendo elas opostas uma da outra, que ambas buscam alcançar o coração do homem, sendo que uma se revela ser a voz de Deus e a outra é a da cobra (Satanás), cabendo ao homem decidir a quem dará ouvido em total sujeição e dependência. Contudo, era neste mesmo panorama que estava a mulher mencionada no livro de João, do capitulo 8, pois ela também tinha que decidir em quem teria que ouvir (dá razão). Todavia, torna-se vital tentamos perceber quais eram as vozes que sobrevieram até o coração dela? Mas, de cara posso evidenciar que uma delas vai ser inimiga e outra amiga.
Inicialmente, ela enfrentou a voz do mundo (v. 3): essa voz se ouve todas às vezes quando é pré-estabelecido como padrão aceito pela sociedade o que ela propriamente dita, ou seja, quando exige a forma do próprio homem de configurar o que é certo ou errado, ressalto, antes mesmo que gere uma polemica, explico que não estou dizendo que Jesus tenha concordado com a prática daquela mulher, longe de mim, todavia, aquela mulher enfrentava a voz do mundo, por não está no padrão fixado por ele, pelo insucesso de não alcançá-lo, exemplo disso são as gordinhas (por não ser magra), as virgens (por se guardar até o casamento), os bestas (por não pagar o mal na mesma moeda) os infelizes (por nunca ter estampado uma capa de revista) e dentre outros anormalidades ditadas pelo padrão deste mundo. A outra voz que aquela mulher teve que enfrentar não era simplesmente a voz do homem, mas a de satanás (v.4): para constatar essa verdade basta simplesmente nos indagamos: Quem esta por de trás de toda acusação? Quem é o acusador? Não há outro, que não seja ele mesmo, satanás. É ele que esta por trás quando alguém condena, quando faz magia negra, macumba e dentre outras similaridades. Aquela mulher também enfrentou a si mesmo, sendo a voz da carne, ou seja, a voz da culpa, da auto-rejeição, da desesperança, do desanimo existencial, creio que por ela mesma não se daria uma nova oportunidade, contudo, essa voz tornou-se inimiga de si. Todas essas vozes até agora abordada tem unicamente uma só finalidade bloquear que o homem ouça a quarta voz, que é a voz de Jesus, tanto porque ouvir a voz de Jesus é ouvir a verdade de Deus, nos revelando seu amor, justiça, graça e verdade, o santo remédio para a alma. Se me cabe delinear posso concluir as duas maneiras procedentes de como é erguida a voz de Jesus aqui na terra; a primeira forma é quando ele nos ensina e nos alerta o que precisa ser feito antes mesmo da situação, exemplos disso não nos faltam, assim foi com Caim (Genesis 4.6-7), os anciões de Israel (1 Samuel 8.4-20) e com Pedro (Mateus 26.31-34) na tentativa de prevenir que eles (o homem) não tomassem o caminho errado (isso se dá pela obediência a lei), todavia, quando o homem não obedece a primeira voz, tão logo nos é proporcionado a segunda forma dEle falar, que se dá através da justificação, ou seja, através do seu perdão concedido ao pecados cometido pelo homem , exemplo Caim (Genesis 4.13-15) e Pedro (João 21.15-19), o que cabe o homem acreditar que JESUS está disposto a perdoar (esse acontece mediante a fé na graça de Deus).
Sem dúvida, assim como as duas vozes sobrevieram a Adão, Eva e a mulher descrita no livro de João; elas também sempre sobrevêm sobre você e eu, principalmente, quando há erros no nosso proceder, o que nos cabe ouvir e responder: quais dentre as duas vozes você deseja aceitar? Aquela que faz você desistir dos sonhos e projeções de Deus em sua vida ou aquela que restaura o que foi perdido, dando-lhe a oportunidade de recomeçar? A quem ouvirei? Eu escolho a ti, Jesus.
Railton Rosa.
São Luis 08/06/2011
Railton Rosa.
São Luis 08/06/2011