sexta-feira, 14 de setembro de 2012

JESUS, O DEUS QUE ME FAZ CRER



Texto base extraido do livro de Lucas 15.11-32 - Parábola do filho pródigo.

O tema deste artigo poderia muito bem ser substituído por outro, isto é, poderia eu intitulá-lo como “O Deus que eu conheço”, isso porque, o Deus que eu conheço é o mesmo Deus que me faz crer.
Quero propor, entre nós, alguns questionamentos para tentarmos percebemos qual real motivo da parábola contada por Jesus. É fato, que Jesus não iria contar uma historia como essa sem nenhum proposito aparente. Então, aquém deseja alcançar? Que consciência buscavam criar entre os seus expectadores? E, afinal, a lição se aplicará a nós em nossos dias?
A parábola do filho prodígio contada por Jesus tinha como expectadores ou ouvintes uma classe bem diversificada, entre eles, estavam o grupo dos publicanos (judeus responsáveis em coletar os impostos para o governo romano, visto que eram desprezados por trabalhar aos dominadores e por serem na grande parte desonestos), o grupo dos pecadores (judeus que se desviaram do caminho de Deus), estavam presentes ainda o grupo dos fariseus (judeus que seguia rigorosamente a lei de Moises e os costumes dos antepassados) e por fim estava também o grupo dos escribas (judeus que copiavam e interpretava a lei, eram conhecidos como, doutores da lei). São para este aquém Jesus dirige a parábola, conforme versículo 1 ao 2. 
Na verdade, Jesus estava contando a historia entre ou para Judeus, isso implica dizer, que a historia é entre ou para “irmãos”, pois, todos eles, certamente, tinham a convicção da figura de Deus como Pai. Se assim posso exemplificar, diria eu que Jesus está falando entre todos que se consideram e creem em Deus, como Pai, ou seja, posso dizer que, Jesus estaria contando esta parábola em nossos dias entre ou para os católicos, evangélicos, kardecista, sem deixar de considerar os que estão fora ou os que não pertencem a nenhum desses determinados grupos e etc.
Certamente, ninguém duvidará que o pai desta parábola represente Deus. Mas quem são os filhos? Estaria eu repetido algo que já foi dito, pois me parece, que a resposta já foi esclarecida anteriormente, você não acha?! Na verdade só parece... Apesar de que todos os grupos antes citados; sejam no tempo ao qual a parábola foi contada ou em nossos dias, podemos dizer que estamos longe de nos consideramos irmãos. Tanto, porque o Deus que eu conheço pode ser totalmente diferente do Deus que você conheça, motivo este que muitas das vezes nos tornam divergentes; daí em diante.  
  Os filhos da parábola na verdade representam dois tipos distintos de grupo ou de filhos: os que se consideram a si mesmos justos (Grupo dos Fariseus/Escribas) e aqueles que decidiram viver por conta própria sem considerar a vontade do pai (Grupo dos Publicanos/Pescadores). Não são sobre esses dois filhos que a parábola trata? Dois pontos de vista a respeito do Pai? Duas formas de encarar a vida? O certo, e que o filho mais velho é uma espécie representativa dos filhos que se consideram “merecedores” por se considerarem mais justos, por serem mais obedientes e submissos do que os demais... E, o filho mais moço é aquele aquém chamamos de carga torta da família, patinho feio ou ovelha negra. Conhecemos muito bem essa historia dos que se acham melhores do que os outros. É ou não é? Basta revemos a historia.
De uma vez por toda, acredito eu, que Jesus deixa evidente que desejava unir a família novamente, isto é, que houvesse uma aproximação entre aquele dos diversos grupos divergentes ou não, quero dizer, entre aqueles dois irmãos. A visão que o texto me passa ou que vem na mente e em meu coração é a certeza que Jesus quer trazer a consciência, principalmente, entre os determinados grupos distintos ou daqueles dois irmãos, que Deus é um pai que nos faz crer. Crê que ele é um Deus perdoador, misericordioso, compassivo e cheios de graça mediante aos erros e transgressões do filho mais moço e também mediante a soberba e hipocrisia do filho mais velho. Jesus transcreve que Deus trataria com amor e justiça ambos os filhos, alias ambos necessitavam. Não somos todos pecadores ou há entre nós alguém mais elevado do que os demais por fazer ou não fazer determinados tipos de coisas? A parábola revela e testifica que podemos crê que há uma luz no fim do túnel. Que há uma verdadeira esperança, bastando apenas confiar nas palavras de Jesus. 
É bastante notório para mim, em minha leitura da bíblia a figura de um Deus que uni em vez de separar. Que não lança fora os que se chegam a ele; ou é ele que se achega até nós? Que não desiste, mas persiste... A parábola do filho perdido é um exemplo desta verdade, de um Deus que busca me convencer em acreditar no seu amor incondicional. Amor este que veio em carne e osso. Deus este que se chama Jesus. O Deus que me faz crer. Aqui estas um filho pródigo se dirigido a outro.


Railton Rosa.
14/09/2012.