quarta-feira, 27 de março de 2013

OS APROVADOS E REPROVADOS NA BALANÇA


Texto base extraído dos livros de Jó 31 e II Coríntios 12.1-10.

Tenho certeza que qualquer pessoa na face da terra já teve pelo menos uma vez na vida a experiência ou oportunidade de se pesar em uma balança. Nisso, aproveito para perguntar qual tem sido o seu resultado? Aprovado ou reprovado? Sem dúvida, este assunto não agradaria nem um pouco as mulheres, isso porque falar sobre balança e falar sobre peso e falar sobre peso é tratar sobre um trauma que as mulheres têm e temem, pois sempre acham que estejam acima do seu peso ideal.
Entretanto, a boa noticia (inicial) que posso dar foi a mesma que recebi que não é sobre a balança natural que eu e você conhecemos que desejo retratar nesta reflexão, digo boa, porque para quem me conheci sabe se fosse tratar da balança natural, eu seria o primeiro a ser reprovado. Mas, desejo falar da balança espiritual, isto é, a Balança de Deus. A bíblia no diz que haverá um dia em que todo e qualquer ser humano estará diante da presença de Deus para prestar conta (Romanos 14.10-12), ou seja, seremos pesados e medidos por tudo que vivemos aqui na terra. Será que porventura seremos achados aprovados ou reprovados?
Nisso, pretendo usar a vida de dois homens para evidenciar os que serão reprovados ou aprovados diante da balança de Deus.
A vida de Jó (Jó 31)
No versículo 5, Jó deseja por ser pesado e pede que Deus o pese em uma balança justa, e ousa em afirmar que seria achado sem culpa, isso implica em dizer, que ele cria que seria achado aprovado diante desta balança. Mas, que balança é esta? Diante de qual balança Jó se apresentou?  Balança Justa, isto é, a balança de Deus, a única que eu conheço que seja justa. Mas, que razões e motivos que convenciam Jó a crer em sua aprovação? Basta lemos o capitulo 31, e constataremos uma carta de autodefesa, que ele apresentaria diante do tribunal de Deus. O que me parece que sua crença para real aprovação estava nas seguintes razões:
·                                      Jó tinha feito uma aliança com seus olhos para não cobiçar uma moça (v.1), a consequência, em caso de desobediência ele descreve no v. 2 – 4;
·                                           Jó não vivia sustentado na falsidade (v.5), isto é, ele buscava ser um homem integro;
·                                         Jó nunca havia se desviado do caminho de Deus, nunca foi conduzido pela cobiça dos seus olhos e de suas mãos (v.7);
·                                         Jó nunca havia seduzido a mulher do seu próximo (v.9);
·                                        Jó nunca havia negado a justiça aos seus empregados (v.13);
·                                        Jó afirma que atendia os pobre e as viúvas e que sempre compartilhava com os órfãos o que tinha (v. 16 – 17), isto é, praticava a religião verdadeira (tiago 1.27)
As alegações de Jó não param por aqui vão até o versículo 40, entretanto eu ficarei por aqui. Todas essas alegações que Jó evidencia mostra que Jó confiava na Lei, isto é, confiava em seu esforço, na sua autodisciplina, em sua obediência em cumprir com a Lei, todavia, por ser submisso a ela era INJUSTIFICAVEL pelo que passava. Em outras palavras, Jó cria que seria aprovado diante da balança de Deus por viver a lei. O povo de hoje, dentro ou fora da igreja, não esta muito distante dessa verdade de Jó em acreditar que por não fazer determinado tipo de coisas (não fumo, não bebo, nunca matei, etc) ou por fazerem outros determinados tipos de coisas (vou a igreja, leio a bíblia, ajudo os necessitados, dou o dizimo) que se consideram aprovado.  Mas, a palavra de Deus, nos mostra porque não devemos confiar que seremos aprovados por cumprir a Lei:
·         Romanos 3.9-12 – Porque todo e qualquer homem será achado em falta;
·         Isaias 64.8 – Porque quando praticamos a justiça, praticamos pelo motivo errado.
Então, como ser aprovado diante da balança de Deus?
A vida de Paulo (II Coríntios 12.1-10)
É importante ressaltar, que Paulo assim como Jó tinha pelo que se gabar, pois Paulo era um cumpridor da Lei, tanto que foi cumplice na morte de Estevão (Atos 7. 58). Outros motivos que Paulo poderia propriamente se gloriar são os que estão expressas em II a Coríntios, capitulo 12, que evidenciam que Paulo teve experiência tremendas e grandiosas com Deus, que ouviu da parte de Deus coisas indizíveis, etc. Mas, Paulo aprende com Deus que deveria por sua confiança em sua GRAÇA. Deus o diz que a sua Graça seria o suficiente, pois por intermédio desta graça ele havia sido escolhido, pela graça foi liberto, foi fortalecido, foi salvo, foi sustentado, etc. Mas, porque podemos confiar na graça de Deus?
·         Salmo 32.1-2 – Porque a graça de Deus nos faz bem-aventurado e nos livra da culpa;
·         Salmo 103.8-10 – Porque a graça de Deus não nos trata e retribui conforme merecemos;
·         Efésios 2.8-10 – Porque por intermédio da graça de Deus somos salvos, recebemos gratuitamente a fé e somos preparados para boa obra.
Diante desta, posso conjecturar que o grande dia do Juízo, quando estaremos prestando conta com Deus, Ele possa nos dar duas opções de sermos julgados, ou seja, pesado e medido, isto é, através da Lei ou pela Graça. Se escolhermos a Lei seremos reprovados, pois quem se achará justo diante dela se somos todos considerados diante da Lei como pecadores? Mas se escolhemos a graça, Jesus virá e por meio de sua obra justificará a muitos que assim o escolher, pois ele é apresentado como a graça de Deus aos homens. 






Railton Rosa
27/03/2013