Texto base extraído dos livros de Jó 31 e II Coríntios 12.1-10.
Tenho certeza
que qualquer pessoa na face da terra já teve pelo menos uma vez na vida a
experiência ou oportunidade de se pesar em uma balança. Nisso, aproveito para
perguntar qual tem sido o seu resultado? Aprovado ou reprovado? Sem dúvida,
este assunto não agradaria nem um pouco as mulheres, isso porque falar sobre
balança e falar sobre peso e falar sobre peso é tratar sobre um trauma que as
mulheres têm e temem, pois sempre acham que estejam acima do seu peso ideal.
Entretanto, a
boa noticia (inicial) que posso dar foi a mesma que recebi que não é sobre a
balança natural que eu e você conhecemos que desejo retratar nesta reflexão,
digo boa, porque para quem me conheci sabe se fosse tratar da balança natural,
eu seria o primeiro a ser reprovado. Mas, desejo falar da balança espiritual,
isto é, a Balança de Deus. A bíblia no diz que haverá um dia em que todo e
qualquer ser humano estará diante da presença de Deus para prestar conta
(Romanos 14.10-12), ou seja, seremos pesados e medidos por tudo que vivemos
aqui na terra. Será que porventura seremos achados aprovados ou reprovados?
Nisso, pretendo
usar a vida de dois homens para evidenciar os que serão reprovados ou aprovados
diante da balança de Deus.
A vida de Jó
(Jó 31)
No versículo
5, Jó deseja por ser pesado e pede que Deus o pese em uma balança justa, e ousa
em afirmar que seria achado sem culpa, isso implica em dizer, que ele cria que seria
achado aprovado diante desta balança. Mas, que balança é esta? Diante de qual
balança Jó se apresentou? Balança Justa,
isto é, a balança de Deus, a única que eu conheço que seja justa. Mas, que razões
e motivos que convenciam Jó a crer em sua aprovação? Basta lemos o capitulo 31,
e constataremos uma carta de autodefesa, que ele apresentaria diante do
tribunal de Deus. O que me parece que sua crença para real aprovação estava nas
seguintes razões:
· Jó tinha feito uma aliança com seus olhos para
não cobiçar uma moça (v.1), a consequência, em caso de desobediência ele
descreve no v. 2 – 4;
· Jó não vivia sustentado na falsidade (v.5), isto
é, ele buscava ser um homem integro;
· Jó nunca havia se desviado do caminho de Deus,
nunca foi conduzido pela cobiça dos seus olhos e de suas mãos (v.7);
· Jó nunca havia seduzido a mulher do seu próximo
(v.9);
· Jó nunca havia negado a justiça aos seus
empregados (v.13);
· Jó afirma que atendia os pobre e as viúvas e que
sempre compartilhava com os órfãos o que tinha (v. 16 – 17), isto é, praticava
a religião verdadeira (tiago 1.27)
As alegações
de Jó não param por aqui vão até o versículo 40, entretanto eu ficarei por
aqui. Todas essas alegações que Jó evidencia mostra que Jó confiava na Lei,
isto é, confiava em seu esforço, na sua autodisciplina, em sua obediência em
cumprir com a Lei, todavia, por ser submisso a ela era INJUSTIFICAVEL pelo que
passava. Em outras palavras, Jó cria que seria aprovado diante da balança de
Deus por viver a lei. O povo de hoje, dentro ou fora da igreja, não esta muito
distante dessa verdade de Jó em acreditar que por não fazer determinado tipo de
coisas (não fumo, não bebo, nunca matei, etc) ou por fazerem outros
determinados tipos de coisas (vou a igreja, leio a bíblia, ajudo os
necessitados, dou o dizimo) que se consideram aprovado. Mas, a palavra de Deus, nos mostra porque não
devemos confiar que seremos aprovados por cumprir a Lei:
·
Romanos 3.9-12 – Porque todo e qualquer homem
será achado em falta;
·
Isaias 64.8 – Porque quando praticamos a
justiça, praticamos pelo motivo errado.
Então, como
ser aprovado diante da balança de Deus?
A vida de
Paulo (II Coríntios 12.1-10)
É importante ressaltar, que Paulo assim
como Jó tinha pelo que se gabar, pois Paulo era um cumpridor da Lei, tanto que
foi cumplice na morte de Estevão (Atos 7. 58). Outros motivos que Paulo poderia
propriamente se gloriar são os que estão expressas em II a Coríntios, capitulo
12, que evidenciam que Paulo teve experiência tremendas e grandiosas com Deus,
que ouviu da parte de Deus coisas indizíveis, etc. Mas, Paulo aprende com Deus
que deveria por sua confiança em sua GRAÇA. Deus o diz que a sua Graça seria o
suficiente, pois por intermédio desta graça ele havia sido escolhido, pela
graça foi liberto, foi fortalecido, foi salvo, foi sustentado, etc. Mas, porque
podemos confiar na graça de Deus?
·
Salmo 32.1-2 – Porque a graça de Deus nos faz
bem-aventurado e nos livra da culpa;
·
Salmo 103.8-10 – Porque a graça de Deus não nos
trata e retribui conforme merecemos;
·
Efésios 2.8-10 – Porque por intermédio da graça
de Deus somos salvos, recebemos gratuitamente a fé e somos preparados para boa
obra.
Diante desta,
posso conjecturar que o grande dia do Juízo, quando estaremos prestando conta
com Deus, Ele possa nos dar duas opções de sermos julgados, ou seja, pesado e
medido, isto é, através da Lei ou pela Graça. Se escolhermos a Lei seremos
reprovados, pois quem se achará justo diante dela se somos todos considerados
diante da Lei como pecadores? Mas se escolhemos a graça, Jesus virá e por meio
de sua obra justificará a muitos que assim o escolher, pois ele é apresentado
como a graça de Deus aos homens.
Railton Rosa
27/03/2013