segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

FOME ZERO

Trabalhai não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do Homem vos dará, porque a este o Pai, Deus, o selou. (João 6.27)
E Jesus lhes disse: Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome; e quem crê em mim nunca terá sede. (João 6.35)

Até que ponto sacio a minha fome? Sei controlar minha gula? São com estas perguntas que pretendo desenvolver o tema deste artigo, que trata-se da “Fome zero”.
Querendo responder as perguntas antes feitas, tão logo sobreveio a minha mente meu desejo ardente por comer chocolate, creio que o criador propositadamente me fez recordar disso, devido eu não saber ficar entre comer dois bombons de chocolate, mas tenho que comer a caixa inteira em poucos minutos, e não pense que pára por aí... Logo começo a pedi aos que em minha volta têm mais um. O que me expondo deixo transparecer essa gula incontrolável e insaciável que tenho dentro de mim. Entretanto, o que me parece ser a realidade de centenas de milhares de pessoas, pra não dizer a realidade de todos que irão ler ou não este artigo, a realidade de ser um insaciável de carteirinha, talvez você não tenha o mesmo desejo latente por chocolate que eu tenho, mas talvez seja por bens, por dinheiro, por mulheres, por reconhecimento, por comida, por conhecimento e graduação, por bênçãos etc. Qual seria sua fome saciável? O que realmente mataria sua fome? Saiba que Deus a conhece. Por isso ele nos chama a minha e a sua atenção no capitulo 6, versículo 27 do livro de João para que possamos não correr ou trabalhar em prol do que é perecível, e que  em nossa mente imaginamos ser imprescindível; mas nos influencia a buscar o que seja ser a comida que permanece para vida eterna. O que não era a realidade do que buscava o povo quando foi à procura de Jesus mencionada neste capitulo, sendo importantíssimo mencionar que no começo deste capitulo 6, contextualiza um milagre da multiplicação ao qual Jesus realizara que satisfez por hora a fome daquela multidão, porém que não foi entendido pelos que ali estavam, todavia não se saciarão a ponto de ir em buscar novamente de matar sua fome. Mas, o povo ao encontrar aquele que podia ajudá-lo na realização de sua necessidade e satisfação pessoal percebesse um Jesus relutante pela tal idéia, pois na verdade Jesus ao descer do céu veio tentar conscientizar que não era essa a real necessidade daquele povo, por isso evidencia o constante erro da multidão de querer saciar sua fome naquilo que não é pão. E me perguntei, qual seria a real fome que Jesus queria matar daquele povo? E qual seja a minha e sua fome de hoje? É a fome de conhecer que Jesus é comida que nos fartar completamente, é a de reconhecer que ele é o filho do Deus Altíssimo, é a de reconhecer que só dele vem nossa salvação, sem sombra de dúvida a fome que temos de crê que ele é tudo que precisamos aponto de se tornar a comida da qual nos mantêm vivos, e nos leve querer mais e mais a cada amanhecer e entardecer sem que nos deixe faltar, por isso Jesus se revela como o pão que desceu do céu para dá vida aos que tem fome e ao comer de sua carne e beber de seu sangue seria saciado definitivamente. Mas, o que me parece ser que era e é pouco aos olhos famintos daquela multidão, pois queria muito mais do que simplesmente crê, por exemplo, na palavra de Jesus, queriam ver o que mais ele podia fazer, foi por isso que pediram para Jesus realizar mais um milagre, foi por isso também que pediram pra que ele descesse da cruz. Infelizmente, essa é a realidade da multidão de hoje dentro e fora das igrejas com insaciabilidade com a presença de Jesus.  A mensagem da cruz de Jesus não é mais satisfatória, pois queremos muito mais do que isso temos que ter mensagem que valorizam a prosperidade, a ausência das adversidades, não nos contendamos mais com a palavra viva de Deus, tem que ter velas acessas, copo com água, pulseiras e lenços. Não nos satisfaz uma só mulher, porque não variar? Alias beijar é pouco para nossa juventude; não basta ser rico, é necessário ser milionário, e aí por diante de acordo com o anseio de cada um. O que foi e é até hoje motivo de contestação no discurso de Jesus, que parece não saber qual seja nossa real necessidade.
Concluo afirmando que devemos aprender que todos nós só conseguiremos contornar essa insaciável fome que nos consome todos os dias por querer muito mais quando tivemos plena convicção que Jesus é o único que preenche o vazio em meio à riqueza ou pobreza, entre a doença e a cura, entre a dor e alegria, pois ele é o que estabelece a sustentação do fome zero no coração do homem. E que esta verdade possa ser digerida por nosso intenso olhar faminto.       
Railton Rosa.
14/02/2011
 

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

UM PEIXINHO FORA D' ÁGUA

Lucas 15.11-24 (Artigo baseado neste texto bíblico. Por isso, recomendo que antes de ler este artigo, leia a base do mesmo)       





               Quem nunca se sentiu como um peixinho fora d’ água? Até quanto segundos esse animal aquático viveria fora d’ água? Será que seria possível um peixe viver fora do seu habitat natural? É com essas inquietações que pretendo desenvolver o tema deste artigo. O fato é que o tema proposto é bastante subjetivo e intrigante, e por mais que muitos peixinhos dirão que a tal façanha seja impossível, para outros é algo desejado e possível.
                Entretanto, o que seria um peixinho fora d’água? Essa pergunta me faz recordar a parábola ao qual Jesus contou, pois ela nos levará a entender e perceber a realidade da vida vivida por um peixinho fora d’água. A narrativa conta a historia de um pai que tinha dois filhos, e que num certo dia o filho mais moço decidiu em pedir sua parte na herança, pois queria viver sua vida em paz, independente e feliz, e estas conquistas só seriam possíveis longe das asas do seu pai, imagino que para esse jovem era a única maneira, e assim como antes decidido o fez se separando e indo para uma terra distante, e ali se tornou seu novo reduto, onde vivia como bem queria sem prestar conta há ninguém, isso sem duvida facilitou este jovem a desperdiçar rapidamente sua fortuna herdada. Os dias foram se passando e o jovem em certo dia percebeu que já havia torrado toda sua herança, e para piorar a situação aqueles dias eram dias de crise naquela terra havendo tamanha fome. O jovem se via encurralado e pressionado com aquela situação; havendo apenas duas condições a seu favor; a primeira opção era voltar para casa do pai e a segunda era lutar por si mesmo, alias, “Eu sou jovem e cheio de vitalidade e força para vencer qualquer situação”, assim dizia o coração daquele jovem. Decidiu por essa ultima opção e foi adiante trabalhar a cuidar de porcos e ali desejava comer até a comida dos porcos, pois ninguém se importava com ele e por isso não lhe dava nada de comer. Era uma situação lastimável aquela vivida por ele, num é verdade? Falando nisso, você já esteve em qualquer lugar que não gostaria de estar ou você já esteve realizando algo que não suportaria nem de ver ninguém está vivendo? Eu já, e quando percebi estava eu sendo um verdadeiro peixinho fora d’água. Imagino que esta era a mesma percepção que tinha aquele jovem que estava a viver fora de seu habitat, sem rumo, sem nenhuma direção, a vida mesmo a vivendo não fazia sentido algum para ele. Você se vê nesta mesma situação? Saiba que estes são sinais de um filho pródigo, ou melhor, de um peixinho fora d’ água (se assim você considerar melhor). Isso acontece todas as vezes que nós como peixinhos buscamos novos ares, todas as vezes que tentamos experimentar o que há fora d’ água, ou melhor, todas as vezes que buscamos viver nossas vidas longe da presença de Deus, só o que encontraremos é a morte. É verdade que há muita euforia em gozar a vida, principalmente satisfazendo os mais íntimos desejos do nosso coração, mas (sempre existirá um, “mas”) o fim é morte. Digo isso por concluir que foi isso que aquele jovem e outros milhares de peixes (inclusive eu) que assim tentaram viver fora da presença de Deus como também fora d’ água apreenderam que precisava juntamente daquilo que eles estavam se afastando, ou seja, do pai e o outro da água, respectivamente. Acredito que aprenderam também o verdadeiro significado do que é pecar, inclusive você sabe o que é pecado? Pecado é viver fora d’água para os peixes, para o homem pecado é viver afastado de Deus, isso implica em dizer longe de sua total dependência, sob seu devido cuidado e direção.
                É fato que assim como o peixe nasceu para viver dentro d’ água, o homem nasceu para viver na presença de Deus, sob seu cuidado, direção e dependência. Mas, há quem diga que é possível que o peixe viva fora do habitat natural, ou seja, dentro de um açude, por exemplo, nunca estive em um desses parques de pesque e pague, mas já ouvi dizer que os peixinhos que ali estão vivendo são bem tratados, todos os dias são bem servidos com os mais diversos tipos de rações, mas você bem sabe que fim vai levar esses peixinhos, depende apenas do cliente (o inimigo) em querer assado ou cozido, outra situação em que o peixe pode estar que até confesso que é lindo de se ver: é dentro de um aquário decorando a sala de estar, mas tente perguntar para aquele peixe como é viver num lugar limitado, sem sua total privacidade, mas será se os peixes têm direito a privacidade? Não sei, mas acho que gostariam de ter, entretanto, muitos homem vivem assim, presos, perdidos, limitados, entre a vida e a morte, totalmente adaptados com o seu novo habitat, se adaptar a essa situação é sem duvida, esquecer de como é maravilhoso viver na casa do pai. Todavia, quero relembrá-lo que o pai o espera, ele (o pai) deseja abraçá-lo e beijá-lo como antes assim fazia, só não o faz hoje por que você não se deixa achar. Porem tome a mesma atitude deste jovem, retorne...  Não é bom ver um peixinho fora d’ água, pois aos poucos vão padecer até a morte por estar fora de seu verdadeiro habitat natural.



               Railton Rosa
               São Luis (02/02/2011)