quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

UM PEIXINHO FORA D' ÁGUA

Lucas 15.11-24 (Artigo baseado neste texto bíblico. Por isso, recomendo que antes de ler este artigo, leia a base do mesmo)       





               Quem nunca se sentiu como um peixinho fora d’ água? Até quanto segundos esse animal aquático viveria fora d’ água? Será que seria possível um peixe viver fora do seu habitat natural? É com essas inquietações que pretendo desenvolver o tema deste artigo. O fato é que o tema proposto é bastante subjetivo e intrigante, e por mais que muitos peixinhos dirão que a tal façanha seja impossível, para outros é algo desejado e possível.
                Entretanto, o que seria um peixinho fora d’água? Essa pergunta me faz recordar a parábola ao qual Jesus contou, pois ela nos levará a entender e perceber a realidade da vida vivida por um peixinho fora d’água. A narrativa conta a historia de um pai que tinha dois filhos, e que num certo dia o filho mais moço decidiu em pedir sua parte na herança, pois queria viver sua vida em paz, independente e feliz, e estas conquistas só seriam possíveis longe das asas do seu pai, imagino que para esse jovem era a única maneira, e assim como antes decidido o fez se separando e indo para uma terra distante, e ali se tornou seu novo reduto, onde vivia como bem queria sem prestar conta há ninguém, isso sem duvida facilitou este jovem a desperdiçar rapidamente sua fortuna herdada. Os dias foram se passando e o jovem em certo dia percebeu que já havia torrado toda sua herança, e para piorar a situação aqueles dias eram dias de crise naquela terra havendo tamanha fome. O jovem se via encurralado e pressionado com aquela situação; havendo apenas duas condições a seu favor; a primeira opção era voltar para casa do pai e a segunda era lutar por si mesmo, alias, “Eu sou jovem e cheio de vitalidade e força para vencer qualquer situação”, assim dizia o coração daquele jovem. Decidiu por essa ultima opção e foi adiante trabalhar a cuidar de porcos e ali desejava comer até a comida dos porcos, pois ninguém se importava com ele e por isso não lhe dava nada de comer. Era uma situação lastimável aquela vivida por ele, num é verdade? Falando nisso, você já esteve em qualquer lugar que não gostaria de estar ou você já esteve realizando algo que não suportaria nem de ver ninguém está vivendo? Eu já, e quando percebi estava eu sendo um verdadeiro peixinho fora d’água. Imagino que esta era a mesma percepção que tinha aquele jovem que estava a viver fora de seu habitat, sem rumo, sem nenhuma direção, a vida mesmo a vivendo não fazia sentido algum para ele. Você se vê nesta mesma situação? Saiba que estes são sinais de um filho pródigo, ou melhor, de um peixinho fora d’ água (se assim você considerar melhor). Isso acontece todas as vezes que nós como peixinhos buscamos novos ares, todas as vezes que tentamos experimentar o que há fora d’ água, ou melhor, todas as vezes que buscamos viver nossas vidas longe da presença de Deus, só o que encontraremos é a morte. É verdade que há muita euforia em gozar a vida, principalmente satisfazendo os mais íntimos desejos do nosso coração, mas (sempre existirá um, “mas”) o fim é morte. Digo isso por concluir que foi isso que aquele jovem e outros milhares de peixes (inclusive eu) que assim tentaram viver fora da presença de Deus como também fora d’ água apreenderam que precisava juntamente daquilo que eles estavam se afastando, ou seja, do pai e o outro da água, respectivamente. Acredito que aprenderam também o verdadeiro significado do que é pecar, inclusive você sabe o que é pecado? Pecado é viver fora d’água para os peixes, para o homem pecado é viver afastado de Deus, isso implica em dizer longe de sua total dependência, sob seu devido cuidado e direção.
                É fato que assim como o peixe nasceu para viver dentro d’ água, o homem nasceu para viver na presença de Deus, sob seu cuidado, direção e dependência. Mas, há quem diga que é possível que o peixe viva fora do habitat natural, ou seja, dentro de um açude, por exemplo, nunca estive em um desses parques de pesque e pague, mas já ouvi dizer que os peixinhos que ali estão vivendo são bem tratados, todos os dias são bem servidos com os mais diversos tipos de rações, mas você bem sabe que fim vai levar esses peixinhos, depende apenas do cliente (o inimigo) em querer assado ou cozido, outra situação em que o peixe pode estar que até confesso que é lindo de se ver: é dentro de um aquário decorando a sala de estar, mas tente perguntar para aquele peixe como é viver num lugar limitado, sem sua total privacidade, mas será se os peixes têm direito a privacidade? Não sei, mas acho que gostariam de ter, entretanto, muitos homem vivem assim, presos, perdidos, limitados, entre a vida e a morte, totalmente adaptados com o seu novo habitat, se adaptar a essa situação é sem duvida, esquecer de como é maravilhoso viver na casa do pai. Todavia, quero relembrá-lo que o pai o espera, ele (o pai) deseja abraçá-lo e beijá-lo como antes assim fazia, só não o faz hoje por que você não se deixa achar. Porem tome a mesma atitude deste jovem, retorne...  Não é bom ver um peixinho fora d’ água, pois aos poucos vão padecer até a morte por estar fora de seu verdadeiro habitat natural.



               Railton Rosa
               São Luis (02/02/2011)

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