A história nos mostra que todo e
qualquer homem busca viver uma linda história até o fim. Obviamente, ninguém
torce por um final de conto que contextualize e demonstre à derrota, a
tragédia, a dor, etc. como enredo triunfal, sejam num mundo real ou na ficção.
Uma prova disso poderia citar o
filme Titanic. Quem não mudaria aquele final? Isto é, o fim do personagem
Jack na trama? Fiz essa pergunta entre amigos e a maioria desejava que Jack não
morresse e assim pudesse viver a história de amor com a Rose. E, o que dizer
das histórias contadas no jornal Itaqui Bacanga? Creio que poucos são os que
torcem pelo final visto ali.
Estou falando sobre isso porque desejo
relembrar parte da história que praticamente todos já devem ter ouvido, que é a
história de Jesus.
Falando nisso, como você percebe esta
história, principalmente o final dela? Bom ou Ruim?
Percebo que existem dois pontos
de vista, distintos, que são encabeçados pelos religiosos da época de Jesus e o
outro pelos que creram nele na época. Por um lado, vemos que os escribas,
fariseus, mestres da lei, os religiosos da época, acharam que o fim da história
de Jesus foi merecido, ou seja, foi bom. Jesus foi e é uma ameaça as religiões.
Quanto mais Jesus se tornara notável e as pessoas iam crendo nele menor
tornava-se o poder e o controle daqueles lideres religiosos, por isso, torciam
e buscaram aquele final para o filho de Deus. Por outro lado, tem que achou
trágico ou péssimo aquele final, principalmente para aqueles que conheceram e
bem sabia quem Jesus é. Assim como não aceitamos um final ruim para o mocinho
das novelas e filmes, assim é para o final daquele que só nos trouxe paz,
alegria, salvação, que viveu entre os homens sendo misericordioso, bondoso e
fiel. Por isso, questionamos Deus, sua autoridade e soberania, quando vemos
histórias parecidas como estas que contextualize a injustiça, a suposta vitória do mal
sobre o bem, etc.
A história de Jesus é antes da
criação do mundo (João 1. 1-3 e Genesis 1.26). Na terra inicia com seu
nascimento, que representaria Deus conosco (Isaias 7.14), a vinda e implantação
do Reino de Deus entre nós (Isaias 9), o cumprimento da promessa de Deus que o
mal não triunfaria para sempre (Genesis 3.15), que sua vida é um reflexo que
deve refletir e influenciar a todo e qualquer homem a ser discípulo dele
(Romanos 8.29). Até aqui tudo bem, mas e a crucificação? Bom ou ruim?
Muitos entendem como ruim, mas
Jesus disse que tinha vindo para aquele momento (Hebreus 10.1-10). Por quê? A
cruz é o ápice da demonstração do amor de Deus pelo homem (João 3.16), por
intermédio do sangue derramado teríamos perdão e seriamos aceitos pelo Pai
Celestial.
Todavia, entendo que toda a
história de Jesus, inclusive seu final é o que nos permite o recomeço da
história da humanidade. Na verdade, Jesus nasceu, viveu entre nós, e morreu na
cruz para reconstruir a minha e sua história que havia sido destruída ou que se
encontrava parada desde a queda no Éden.
Porque se não fosse aquele final
onde estaríamos? Que final teríamos? Jesus veio reconstruir nosso caminhar com
o Pai, nossa confiança e dependência, a restauração e reconciliação da
comunhão, sem Ele não conheceríamos a verdade, estaríamos perdidos nas trevas e
consumidos por não temos sua misericórdia (Lamentações 3.23). A cruz não foi o
final da história de Jesus, assim como nosso não é aqui na terra. Sua morte
serve para por fim o poder advindo do pecado e reconstruir a história de cada
um de nós começando aqui na terra.
Jesus aceita aquele final, conforme o livro
de Isaias 59.11, diz que Ele iria vê o fruto do seu penoso trabalho, que
acredito que tem haver conosco, que cremos e que permitimos que Deus seja o
autor da nossa história. Não foi o Diabo que assim quis aquele final, antes foi
o próprio Jesus que a entregou pelas ovelhas a fim de tomá-la novamente (João
10.17-18).
A história que Jesus nos conta no
livro de Mateus 7.24-29, nos permite analisar em que alicerce esta firmado a
nossa história e conforme o alicerce que escolhemos tem um final. A pergunta
que nos cabe é qual era o objetivo de Jesus ao contá-la? Será que é somente
para denunciar aqueles que se consideram autores de suas próprias vidas e vivem
sobre os seus próprios alicerces de vida? Creio que não! Creio que Ele nos
permite escolhermos o recomeço da nossa história a partir da Sua Palavra que
está escrita e que é o próprio Jesus (João 1.1-3 e Mateus 5 até 7). Pois, assim
nasceu, viveu, morreu e ressuscitou, assim considera ser uma boa e feliz
história para cada homem. Que Jesus seja a rocha onde reconstruiremos nossa história.
Railton Rosa
(06/03/2015)
Parabéns pela publicação Railton. A contextualização inicial que você fez ficou bem chamativa para a leitura da reflexão feita por por você. A imagem inicial é bem legal também. Gostei.
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